sexta-feira, maio 28, 2010

Divino Jardineiro...

Cai a noite e o silêncio beija a terra,
na hora do repouso
vens visitar-nos, ó Divino Jardineiro,
para semeares flores por entre os canteiros
das lágrimas que hão-de a terra fecundar
e produzir os frutos que só a fidelidade pode dar.

beijas a terra com a suave brisa do Teu ser
e assim,bafejada com o sopro da vida,
vidas despontam por entre os carreiros quotidianos
de quem quebra rotinas e enganos
e faz do amanhecer um novo grito
não nervoso, amedrontado ou aflito
mas sim a voz de um insurrecto por amor
em quem ainda faz eco o clamor
dos pobres, dos sem tecto e sem calor...

eis-me aqui, em Tuas mãos,
sou Teu...Tudo em Ti, todo para Ti, meu Deus.

terça-feira, maio 18, 2010

Na varanda da Casa do Pai...


há 90 anos nascia na Polónia um homem cuja vida estava marcada com um particular designio do amor de Deus. Essse homem foi eleito sucessor de Pedro no ano em que nasci. Habituei-me a escutá-lo com o encanto de criança, a aprender dele os gestos de Jesus, a imitá-lo porque assim imitaria o próprio Cristo.

Se estivesse entre nós, pisando a terra que o Pai nos deu para habitarmos e tornarmos morada permanente do Seu incomensurável amor, celebraria hoje o seu 90º Aniversário.

Agora que está no céu, e nos acompanha da "varanda da casa so Pai" dou graças ao nosso Deus pelo dom da vida, pela fecundidade do ministério e pela simplicidade de coração com que João Paulo II sempre soube viver e sempre nos soube desafiar.

com Ele, a Deus-Trindade, Amor de todo o Amor, e a Maria, mãe da Igreja repito, em acção de graças as palavras que serviram de lema para o seu ministério petrino:

Totus Tuus.

Ao servo de Deus João Paulo II rogo-lhe que nos ajude a todos a sermos uma Igreja mais humilde, mais audaz e sempre marcada pela alegria pascal, mesmo no meio das tempestades.
e porque estou certo, na fé, da sua intercessão:

Servo de Deus João Paulo II
Rogai por nós.

terça-feira, maio 11, 2010

com vigor e alegria...

é preciso voltar a anunciar com vigor e alegria o acontecimento da morte e ressurreição de Cristo, coração do cristianismo, fulcro e sustentáculo da nossa fé, alavanca poderosa das nossas certezas, vento impetuoso que varre qualquer medo e indecisão, qualquer dúvida e cálculo humano. A ressurreição de Cristo assegura-nos que nenhuma força adversa poderá jamais destruir a Igreja. Portanto a nossa fé tem fundamento, mas é preciso que esta fé se torne vida em cada um de nós. Assim há um vasto esforço capilar a fazer para que cada cristão se transforme em testemunha capaz de dar conta a todos e sempre da esperança que o anima (cf. 1 Pd 3, 15): só Cristo pode satisfazer plenamente os anseios profundos de cada coração humano e responder às suas questões mais inquietantes acerca do sofrimento, da injustiça e do mal, sobre a morte e a vida do Além.

Queridos Irmãos e jovens amigos, Cristo está sempre connosco e caminha sempre com a sua Igreja, acompanha-a e guarda-a, como Ele nos disse: «Eu estou sempre convosco, até ao fim dos tempos» (Mt 28, 20). Nunca duvideis da sua presença! Procurai sempre o Senhor Jesus, crescei na amizade com Ele, comungai-O. Aprendei a ouvir e a conhecer a sua palavra e também a reconhecê-Lo nos pobres. Vivei a vossa vida com alegria e entusiasmo, certos da sua presença e da sua amizade gratuita, generosa, fiel até à morte de cruz. Testemunhai a alegria desta sua presença forte e suave a todos, a começar pelos da vossa idade. Dizei-lhes que é belo ser amigo de Jesus e que vale a pena segui-Lo. Com o vosso entusiasmo, mostrai que, entre tantos modos de viver que hoje o mundo parece oferecer-nos – todos aparentemente do mesmo nível –, só seguindo Jesus é que se encontra o verdadeiro sentido da vida e, consequentemente, a alegria verdadeira e duradoura.

Buscai diariamente a protecção de Maria, a Mãe do Senhor e espelho de toda a santidade. Ela, a Toda Santa, ajudar-vos-á a ser fiéis discípulos do seu Filho Jesus Cristo.

(Papa Bento XVI, Eucaristia no Terreiro do Paço, Lisboa 11 Maio 2010)

Bem-vindo Santo Padre

Tu és Pedro, e sobre esta pedra
edificarei a minha Igreja

terça-feira, maio 04, 2010

amar é...desarmar-se


partilhar o dom da vida com outros e outras é o que de mais precioso nos foi dado. Neste capítulo tenho sido um felizardo: Deus têm-me brindado sempre com bons encontros que despertam, na fé, a gratidão de um coração pobre que tem pouco mais que nada para dar mas que, na ousadia da fé, se atreve a oferecer esse mesmo nada.

foram assim estes últimos dias em alguns desses encontros...saborear recomeços...partilhar o dom da fé...sanar mágoas, aliviar fardos, despertar para o compromisso...vale aqui a máxima que tem regido os meus gestos e atitudes: amar é desarmar-se...cada vez mais me convenço (=deixo vencer) assim...em cada encontro...contemplativo de cada rosto...pois cada história e cada pessoa é um chão sagrado que Deus me convida a trilhar com delicadeza e ternura, com misericórdia...Bendito seja Ele!

domingo, maio 02, 2010

Mãe...



no conforto do regaço,
meigo e terno,
me entrelaço
com um abraço faterno
que faz das noites de inverno
do verão querer um pedaço.

é assim a minha mãe
delicada e sempre além
na medida de abraçar
que mesmo sem eu esperar
espera cada chegar
p'ra ternamente me dar
o abraço que convem.

neste dia tão formoso
em que o amor é gozoso
mais não tenho p'ra te dar
senão ó querida mãe
este desejo profundo
que trago de te abraçar.