
uma palavra de Gratidão a um irmão Padre que muito admiro!
hoje sinto-me pequeno...
(aliás raramente me sinto grande)
e com os olhos ainda marulhados pelas lágrimas
choro como alguém que jubilosamente faz festa.
Sim, um padre também chora!
Chora porque é Pai e é irmão,
chora sempre que percebe que traz nas mãos e no coração
um Mistério que o supera,
o Mistério de um Deus-Amor que desconcerta a inteligência
e comove o coração....
Na sinceridade da partilha,
na verdade de quem se sente mendigo de Ti,
do Teu amor, do Teu perdão,
pude ser instrumento de re-vitalização,
de pacificação, de encorajamento...
Senti-me frágil com este meu irmão fragilizado,
senti-me pequeno diante da grandeza do seu arrependimento,
senti-me instrumento quando li no seu olhar as lágrimas da paz
de um coração reconstruído,
de uma vida ressuscitada!
Mais desconcertado fico aqui e agora
a olhar-Te e a deixar que sejas em mim
a paz, o perdão, a alegria, a vida...
Faz-me bem sentir-me pequeno,
ser pequeno...
é assim que o meu coração se desconcerta
diante da gratuidade infinita do perdão, do Teu perdão!