Trago em mim
a memória dos dias vazios
em que tinha apenas,
como companheira de viagem,
a tua sombra.
Busquei, noite adentro,
o teu fogo devorador
para que fosse uma gota de luz
a encher os recantos da minha alma.
Deste-me as estrelas
e o Céu como mapa…
Foi então
que a gélida noite
se deixou abraçar pela ternura
e eu, reclinado em teu peito,
voltei a ser um ‘mendigo de amor’.
Despontou a alba
e as portas do coração,
abertas de par em par,
fizeram-me sair p'rá praça,
caminhar descalço
e cantar.
Tinha tecido com as estrelas
um colar de abraços para te dar
e, quando te vi,
dei-te a luz que agora trago dentro
porque o Céu não cabe num abraço
...e só o Amor lhe conhece o
alcance.
(Roma 1.VII.2014)
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