O Evangelho surpreende-nos com a
ternura de um Deus que teima não desistir de nos procurar, abraçar, curar e acompanhar.
Não se tratam apenas de atitudes ou de uma mera delicadeza cheia de ‘respeitos
humanos’ da parte de Deus para conosco. No amor Deus gosta sempre de perder(-se)!
No Seu excesso de ternura Ele busca-nos, não para ter um grupo de adeptos ou
garantir claque mas sim para nos fazer experimentar aquilo que desde sempre Ele
sonhou em oferecer-nos: uma paz inquieta que sara as nossas feridas e
desassossega os nossos corações fazendo-nos ‘peregrinos-dom’ para a humanidade.
Com o Evangelho no coração e na
vida, há circunstâncias especiais que fazem desta nossa semana um tempo
privilegiado para degustar de forma mais intima e intensa tudo aquilo que nos
renova. Os nossos corações experimentam já a sintonia (e a sinfonia!) de quem
escancara as portas do coração e da vida para acolher o Pastor bom e pai de
ternura que nos confirma na fé, o Papa Francisco.
Escancara-se também o nosso coração
para recebermos aquela ‘vida em abundância’ que a Senhora mais brilhante que o sol
nos revelou quando nos disse que seu coração Imaculado seria nosso refúgio e o
caminho que nos conduzirá ao céu.
Enche-se de vigor e entusiasmo o
nosso coração ao saborearmos, com Jacinta e Francisco, aquela alegria de ter os
‘corações ao alto’ e de viver a sublime experiência de nos deixarmos inundar da
única Luz que nos aquece o coração e transforma a vida.
Pelo caminho (e a caminho!)
cruzamo-nos nesta bendita ‘peregrinação’ com tantos rostos e histórias, com
tanta ‘terra sagrada’ a quem Deus visitou no meio da dor, do sofrimento ou
angústia mas também no meio das alegrias cotidianas que fizeram com que se
pudesse experimentar ‘o eterno no instante’.
Portugal e toda a humanidade
encontram-se nestes dias à mesa com o Bom Pastor naquele que é ‘o altar do
mundo’. Não esperamos milagres. Não pedimos milagres. Ali estaremos de coração
escancarado, envolvidos pela misericórdia e graça que só o céu nos pode dar. E,
juntos, vindos de todos os cantos e lugares, numa sintonia feita de silêncio e
gratidão cantaremos o Magnificat da Esperança que renova o mundo e o salva do
desespero e da noite eterna...com um coração que escuta e se abre à ternura
deixaremos ressoar em nós a voz de Deus...e (re)partiremos sabendo que Ele vai
conosco e nos desafia a fazer de cada dia um grande milagre para o mundo!
“Meu Deus eu Creio,
Adoro, Espero e Amo-vos. Peço-Vos perdão para os que não crêem, não adoram, não
esperam e não vos amam.”
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