segunda-feira, março 19, 2007

É no silêncio que tantas vezes Te procuro e não Te encontro...(Solenidade de S. José)

«O silêncio de São José não manifesta um ”vazio interior” mas, pelo contrário, a plenitude da fé que traz no coração e que guia cada um dos seus pensamentos e cada uma das suas acções», declarou Bento XVI.(...)Deixemo-nos “contaminar” pelo silêncio de São José; temos muita necessidade dele, num mundo muitas vezes demasiado ruidoso, que não favorece o recolhimento e a escuta da voz de Deus». O Papa propôs aos fiéis que estabelecessem uma espécie de «diálogo espiritual com São José, para que ele nos ajude a viver em plenitude este grande mistério da fé».(...)«Um silêncio, graças ao qual, José em uníssono com Maria, conserva a palavra de Deus, descoberta através das Sagradas Escrituras, confrontando-a continuamente com os acontecimentos da vida de Jesus; um silêncio tecido de oração constante, de oração de louvor ao Senhor, de adoração da Sua santa vontade e de abandono sem reservas à Sua providência».(...)«Não é exagerado pensar que foi do seu “pai” José que Jesus aprendeu, no plano humano, esta robusta interioridade, premissa da justiça autêntica, a “justiça superior” que um dia ensinará aos seus discípulos».

(Bento XVI, Angelus de Domingo, 18 de Dezembro de 2005)

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O silêncio é hoje mais desejado do que nunca. Todos vamos percebendo que só um coração em silêncio pode ser um coração à escuta...disponível...mas será o silêncio simplesmente calar-se?...Quem não se dispõe a escutar dificilmente estará disponivel para se comprometer, para dar a vida, para amar. Quais sãos os “ruídos interiores” que me impedem hoje de escutar a voz de Deus?...

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Deus de toda a consolação,
É no silêncio que tantas vezes Te procuro e não Te encontro...
Eu sei que me falas, que me amas,
Mas sabes, Senhor,
são muitas as vozes que ainda me habitam,
Essas muitas vezes sobrepõem-se à Tua,
ao Teu projecto para mim.
Por isso aqui estou,
Ò Deus que me falas no silêncio do coração,
Para ouvir, como outrora Elias,
A tua voz na brisa suave,
Que me diz com ternura e compaixão:
“Permanece em mim...”


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