sexta-feira, março 09, 2007

Sexta-feira II Quaresma 2007

Filho, se queres servir o Senhor, prepara-te para a provação.
Endireita o teu coração e sê constante,
não te perturbes no tempo do infortúnio.
Conserva-te unido a ele e não te separes.

(cf. Ben Sirá 2,1-11)

O sofrimento em si mesmo não vale nada. Mas o sofrimento unido à Paixão de Cristo torna-se um dom maravilhoso, um sinal do seu amor, porque esta foi a maneira como o Pai provou o seu amor pelo mundo: ao dar-nos o seu Filho para que Ele morresse por nós.
Se aceitarmos o sofrimento unindo-nos à Paixão de Cristo, ele poderá ser uma fonte de alegria. Lembremo-nos que a Paixão de Cristo termina sempre com a alegria da sua Ressurreição. Assim, sempre que experimentais no vosso coração o sofrimento de Cristo, lembrai-vos que a ressurreição vem a seguir e, com ela, a alegria da Páscoa. Não vos deixeis nunca entristecer de tal modo que vos esqueçais da alegria de Cristo Ressuscitado.
Esperamos todos com impaciência o paraíso onde Deus se encontra; mas nós podemos, se quisermos, estar com Ele no paraíso já no momento presente, podemos ser felizes com Ele agora mesmo. Mas isso implica amar como Ele ama; ajudar como Ele ajuda; dar como Ele se dá; servir como Ele serve; socorrer como Ele socorre.
(Madre Teresa de Calcutá)
Dá(r) que pensar...

O amor gratuito e a cruz são os sinais pelos quais hão-de reconhecer que somos discípulos de Cristo… Isto significa que cada gesto ou palavra no dia a dia deve levar a marca da humildade e ser realizado com paixão.
E eu, como acolho na minha vida o mistério do sofrimento? E que interpelações me faz o sofrimento e a angústia com que hoje vivem tantos homens e mulheres?...

Pão para o caminho...

Senhor,
Eis-me aqui diante da Tua cruz.
Sabes, nem sempre é fácil acolher
Este grande mistério da Tua entrega,
deste amor que desconcerta a inteligência
E que comove o coração…
Por isso, Senhor,
Hoje aqui me tens para Te pedir:
Ajuda-me a compreender que só chegarei
à plenitude da vida
Se também eu morrer vezes sem conta para o meu egoísmo…
Ensina-me a viver como um pequeno grão de trigo
Que tem de morrer para que o fruto possa despontar,
Pois só assim poderei experimentar
A alegria de ressuscitar contigo.

1 comentário:

Maria João disse...

O problema talçvez esteja no ressucitar com Cristo. O ser humano tem uma tendência terrível para viver só para este mundo. E a vida eterna? Devíamos pensar mais nesta Vida, que é aquela que DEus nos prometeu. Mas, claro, não cruzemos os braços. Para a alcançar temos de lutar por ela já aqui neste mundo.