terça-feira, fevereiro 10, 2009

vem...e (re)faz-nos de novo!

No deserto me perdi...
e enchendo de nada os meus dias
fitava-te longe, longe,
como se fosses uma miragem.
cansado, exausto, ferido
prostrei-me inerte
e de rosto por terra
tocava cada grão de areia
que mais não eram do que
a vã certeza de um fim próximo...


ali me tomaste
e sarando-me as feridas,
com a ternura de Pai,
derramaste em meu peito
o óleo da consolação e da esperança.
Refizeste-me a alma,

Tu, Abbá,

e como oleiro paciente
do barro frágil que sou
moldaste um pequeno vaso
que pode agora conter as sementes da eternidade
e semear esperança
no coração
de todos os viandantes
desesperados, oprimidos,
cansados de não perceber em cada passo
o Teu ritmo, o Teu amor...

sim Tu, Abbá,
vem...e (re)faz-nos de novo!

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