Partilho contigo que por aqui passas, um pequeno texto que em tempos me chegou às mãos com a referência de ter sido lido numa paróquia de Lisboa na celebração própria deste dia de Todos-Santos.
Não conheço o autor, mas provoca-nos e ajuda-nos a rezar...
"Estranha multidão
a dos Santos.
Passam na estrada silenciosos
Levando as estrelas das bem-aventuranças
Gravadas
Na fronte.
São de todas as raças
de todas as cores
de todos os partidos
de todos os povos.
Usam grilhetes de escravos
Tiaras de Papa.
Calçam sapatos brilhantes
Pisam o chão descalços.
Morreram virgens
Foram casados.
Eram sábios famosos
Viveram ignorados.
Usaram saris indianos
Turbantes árabes.
Eram peles-vermelhas
Negros de África.
Sofreram todas as perseguições
Todas as guerras
Todas as fomes
Todas as revoluções.
Foram profetas
Mártires
Ascetas.
Mendigaram amor
E receberam em troca
Pedras por pão.
Foram vadios
Prostitutas
Ladrões.
Escreveram poemas
Compuseram música
Pilotaram aviões.
Têm as mãos calejadas
De todas as ferramentas inventadas
Desde os primeiros dias
Da Criação.
Cavaram a terra
Partiram pedras
Revolveram minas
Semearam o pão.
Foram pobres
Puros
Pacíficos.
Choraram
Desejaram a justiça
Usaram misericórdia.
Foram amaldiçoados
Perseguidos
Nesta terra que hoje
Pisamos…
Passam na estrada silenciosos
Comovidos
- misteriosa via-láctea de estrelas
Que na noite cerrada
Ilumina o caminho".
1 comentário:
Não tem nada a ver, eu sei.. Mas tb sei que se vai rir..
Alguém me lembrou há pouco q, se hoje é dia de Todos os Santos, então esta é a tarde do Dia de S. Nunca à tarde.. =D
Abraço (que seja forte),
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