"Deus não é uma ideia", é assim que a manjedoura começa por nos provocar ao mostrar-nos este grande mistério que celebramos. O Natal não é, portanto, um (re)começo, mas a plenitude do que somos e do que nos espera. Nascemos no Amor. Vivemos para Amar. E, no ocaso da vida, será o Amor a abraçar-nos e a sussurrar aos nossos corações: "Sê bem-vindo, Filho!".
"Deus não nos quer domesticados", é outra das provocações. No mistério do Natal, Ele é o primeiro a romper fronteiras, a iluminar os caminhos ainda não percorridos e a convocar-nos para a 'Peregrinação da Esperança', o cotidiano. Ele, e só Ele, é o primeiro a acreditar em nós e o único que não desiste de ter fé na gente! Um Deus assim, vale a pena chamar de Pai, "Abbà"...
"Deus se fez homem". Este é o segredo fundamental do Natal, talvez esse 'segredo' já não nos cause espanto, admiração, fé...Num tempo de consciências anestesiadas e indiferentes, talvez até a palavra Deus pareça não mais fazer sentido...Mas Ele conhece o nosso coração e sabe que em nosso peito há uma sede de infinito que só Ele, o Deus-conosco, pode saciar.
Misteriosamente escondido em nossa humanidade, Cristo deixa hoje "a manjedoura vazia" e...aí vai Ele, peregrino, no meio de nós, para nos fazer saborear o céu em cada encontro, pedindo-nos apenas que ousemos ser humanos, contemplativos do rosto do outro...que é meu irmão...rosto de Deus.
Feliz Natal!
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