terça-feira, fevereiro 27, 2007

Terça-Feira I Quaresma 2007

Acima de tudo, mantende entre vós uma intensa caridade,
porque o amor cobre a multidão dos pecados.

(1 Ped 4,7-11)


A nossa vocação é a de ir incendiar o coração dos homens, fazer aquilo que fez o Filho de Deus, Ele que veio trazer o fogo ao mundo para o incendiar com o seu amor. Que outra coisa podemos desejar se não que arda e consuma tudo?
É portanto verdade que eu sou enviado não só para amar Deus mas para fazer com que o amem.
Não me basta amar Deus se também o meu próximo não o ama. Devo amar o meu próximo como imagem de Deus e objecto do seu amor, e fazer de tudo para que, por sua vez, os homens amem o seu Criador que os reconhece e considera como seus irmãos e que os salvou; e procurar que, com a caridade recíproca, se amem por amor a Deus, o qual tanto os amou, ao ponto de, por eles, abandonar o seu próprio Filho à morte. Portanto, este é o meu dever.
Ora bem, se é verdade que somos chamados a levar, longe ou perto, o amor de Deus, se devemos incendiar as nações, se a nossa vocação é espalhar este fogo divino em todo o mundo, se assim é, e repito, se assim é, irmãos, quanto devo eu mesmo arder deste fogo divino!
Como daremos aos outros a caridade se ela não existe entre nós? Observemos se existe, não em geral, mas em cada um, se existe no devido grau, porque se não está acesa em nós, se não nos amamos uns aos outros como Jesus Cristo nos amou e se não praticamos acções semelhantes às suas, como poderemos esperar de difundir um tal amor em toda a terra? Não é possível dar aquilo que não se tem.

S. Vicente de Paulo (Conferenza 207).


Dá(r) que pensar...


O amor não é abstracto. Amar o outro significa iniciar um caminho sem retrocesso onde as palavras servem (apenas e só) para dar profundidade aos gestos de todos os dias. A quem amo? Como amo?...


Pão para o caminho...


Jesus,
Filho de Deus e minha salvação,
Bem sabes como me é difícil às vezes
Amar sem preconceitos, sem medidas curtas...
É mais fácil, mais cómodo,
dizer apenas que determinada pessoa ou situação estão mal,
que tal acontecimento devia ter sido diferente...
contudo, ao contemplar-te como fonte de todo o amor,
pedes-me tão simplesmente que ame
com um coração terno e misericordioso,
com um coração universal, cristalino, puro...
é por isso que bato, uma vez mais, à porta do Teu coração.
Vem a mim, Senhor,
monta a Tua tenda no meu coração,
e permanece aí, com docilidade e paciência,
para que, mergulhado no Teu amor,
eu renasça com um coração novo, um coração de carne...

2 comentários:

Maria João disse...

Muitas vezes as nossas palavras não se conjugam com as acções. Na minha opinião e tendo em conta a minha experiência, a melhor forma de evitar que não haja ligação entre palavras e acções é rezar muito, pedir ajuda a DEus, ouvi-Lo para sabermos que caminho seguir, conhecer a Palavra de Deus e alimentar todos os dias a vontade de amarmos o próximo (em oração, palavra e acção, como dizia S. Teresinha).

Estou a optar por este caminho e está a dar resultado. Terei sempre muita coisa para aprender, erro e vou continuar a errar, mas acredito - aliás, já sinto - que o faço menos vezes.

Anónimo disse...

Olá tudo bem??
é só para dizer q passei por aqui e fiz uma cópia de "S. Vicente de Paulo (Conferenza 207)" e da oração, para ler numa reunião de catequese. Eu sei q ñ se devem fazer cópias,... mas eu digo de quem é,....elas vão ficar contentes de saber "notícias" suas e eu tenho uma oração apropriada ao tema da reunião.

Até à próxima