A nossa vida é uma viagem, melhor, uma ‘peregrinação’ feita de ritmos certos e
de outros ‘descompassados’. Feita de passos dados com firmeza e de falta de
ousadia para dar outros tantos. Somos uma história feita de audácia, de
determinação, de criatividade e, em algumas circunstâncias, de medo(s),
confusão e rotina. Mas quem bebe na fonte da esperança sabe sempre ver mais
longe e mais profundamente…É que a história não se resume aos factos que se
sucedem, aos acontecimentos que vivemos e/ou às memórias que ficaram…
A HISTÓRIA É SEMPRE UM CONVITE A “LEVANTAR-SE!”, é
apelo a construir futuro sem viver agrilhoado ao passado. É desafio a saborear
o presente de modo activo e corresponsável. Gosto pois de olhar a vida como uma
‘pauta musical’ onde o silêncio e as notas entram numa ‘DANÇA’ feita de TERNURA
e de AMOR que dão ritmo e fazem nascer a melodia. E foi assim, nesta cadência
de escrever a melodia de ‘uma vida feita de partidas e regressos’, que me
deixei interpelar pelo Evangelho deste Domingo.
Dei por mim a perguntar-me: «Como terão sido aqueles dias?...»…Um prato que
sempre esteve na mesa, não estava a mais…apenas à espera! Um Pai ‘inquieto’,
que não dorme e corre para a porta, de cada vez que ouve o rumor de passos,
esperando aquele que parece nunca mais chegará...Um filho, ou melhor, dois que
não se dão conta do quanto este Pai os ama e de como aquela casa ‘não faz
sentido’ se eles não viverem esta ‘sinfonia’ de UM AMOR QUE SE DÁ SEMPRE, QUE
SE DÁ TODO…EM TUDO!
Olhando a natureza, por entre a chuva que vai caindo, vejo também uma
‘polifonia de vida e de amor’ a despontar. As árvores vestem-se de ‘Páscoa’,
muitas já cheias de flores, e a Páscoa acontece quando o nosso coração de
filhos, estejamos onde estivermos, decide ‘levantar-se’ e ‘regressar a casa!’…
Por entre a memória e o afeto dos caminhos percorridos, por entre a
exigência e a ternura de um regresso e de um futuro que nos pertence construir
no ‘aqui’ e ‘agora’ da nossa existência, desperta-nos o apóstolo S. Paulo
quando nos diz: «Se alguém está EM CRISTO, é uma nova criatura. As coisas
antigas passaram; TUDO FOI RENOVADO. Tudo isto vem de Deus, que por Cristo nos
reconciliou consigo» (2 Cor 5, 17-21).
A HISTÓRIA É SEMPRE UM CONVITE A “LEVANTAR-SE!”, é apelo a construir futuro sem viver agrilhoado ao passado. É desafio a saborear o presente de modo activo e corresponsável. Gosto pois de olhar a vida como uma ‘pauta musical’ onde o silêncio e as notas entram numa ‘DANÇA’ feita de TERNURA e de AMOR que dão ritmo e fazem nascer a melodia. E foi assim, nesta cadência de escrever a melodia de ‘uma vida feita de partidas e regressos’, que me deixei interpelar pelo Evangelho deste Domingo.
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