O
que te move? É uma boa pergunta para nos acompanhar esta
semana! Aviso já que não é uma pergunta ‘individualista’, mas é um
questionamento maduro para quem sabe que a vida não é apenas o frenesim de
horas, minutos ou segundos que se sucedem ininterruptamente.
Há quem se mova e há
quem se comova. Há os que são empurrados e há os que ousam dar pequenos passos.
Há quem tenha dúvidas, e precise de uma pausa para discernir, mas há também aqueles
que parecem ter (sempre) certezas e vemo-los caminharem destemidos diante da
vida e rumo ao futuro. Todos, tal como nós, trazem dentro interrogações e
projetos, sonhos e desafios que ora assustam, ora entusiasmam...
O Evangelho,
Esperança e Sabedoria para os viandantes, recorda-nos que aquilo que nos move (ou
que nos deve (co)mover), não podem ser nem os ‘títulos’ (e hoje há tantos!),
nem os preconceitos (estão a aumentar!), muito menos os ‘ódios de estimação’, o
protagonismo ou a ambição...
Habitados pela
Palavra que salva, o que nos (co)move é aquele ‘milagre quotidiano’ a que
chamamos Vida. Nela, e com ela, somos chamados a ser como ‘crianças ao colo da
Mãe’, sem soberba nem ‘blindagem’, sem altivez nem ‘reumatismo espiritual’, oferecendo
a todos a luz do Evangelho, pois “a verdadeira felicidade não consiste em
possuir algo, nem em tornar-se alguém; a felicidade autêntica consiste em estar
com o Senhor e viver por amor...” (Papa Francisco).
Com ousadia evangélica
questionava recentemente o grande profeta-irmão-bispo D. António Couto: “por que será que os Santos se esforçaram
tanto, e com tanta alegria, por serem pobres e humildes, e nós nos esforçamos
tanto, e com tristeza quanto baste por sermos ricos e importantes?”.
Em cada recomeço,
Deus nos concede infinitas possibilidades de voltar às ‘raízes’, é isso que te desejo
e te convido a fazer esta semana. Senta. Deixa que a Palavra ‘dance’ na tua
alma e reza assim:
“Senhor, não se eleva soberbo o meu coração,
nem se levantam altivos os meus olhos.
Não ambiciono riquezas,
nem coisas superiores a mim.
Antes fico sossegado e tranquilo,
como criança ao colo da mãe.
Espera, Israel, no Senhor,
agora e para sempre”.
(Salmo 130 (131), 1.2.3 )
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